01/07/2014

Portal Transporte Mundial testa o Iveco Hi Way


O repórter Diogo Mendes do portal Transporte Mundial pegou a estrada com um extra-pesado premium Hi Way e pôde conhecer de perto o que este produto premiado na Europa, que agora é fabricado em Sete Lagoas (MG), oferece.

Veja como foi a experiência descrita pelo repórter:
“Eleito o “Caminhão do Ano 2013” pela imprensa especializada em veículos comerciais da Europa, o Hi-Way é um marco para a Iveco, pois a partir dele, a montadora entrou para o grupo das marcas que produzem caminhões premium – algo que faltava em seu escopo. E o bacana é que a 
Iveco, visionária com relação ao mercado brasileiro, promoveu esse feito quase simultaneamente ao mercado Europeu. Com exceção do motor – aqui equivalente ao Euro 5 e lá Euro 6 –, o Iveco Hi-Way é basicamente um produto global, capaz de atender às demandas do transporte rodoviário de longas distâncias. E para ser lançado com essa característica, o modelo foi colocado em prova tanto nos tapetões das estradas europeias como nas mais difíceis intempéries das regiões latino-americanas e nas complicadas estradas brasileiras, onde rodou mais de 2 milhões de quilômetros.

À moda italiana
Entrar no Iveco Stralis Hi-Way impressiona. O caminhão na primeira olhada transmite segurança e conforto, e a amplitude da cabine traz a sensação de estar a bordo de um caminhão robusto, que logo é conferida na estrada. Para se ter uma ideia, o conceito de design e alguns estudos de ergonomia foram todos inspirados no Glider, caminhão-conceito que a 
Iveco apresentou no Salão de Hannover, na Alemanha, em 2010.

O acabamento é de primeira qualidade e prova que o caminhão foi concebido para operar em grandes distâncias rodoviárias. Com largura externa de 2,5 m, o habitáculo foi desenvolvido sem para-lama para otimizar o espaço interno e a aerodinâmica. Os bancos, assim como o revestimento das portas, possuem acabamento em couro, são pneumáticos, têm apoia-braço e cinto de segurança integrado. Ponto negativo para o encosto do banco do acompanhante, que incomoda um pouco por ser muito para frente, isso em função da cama, que em contrapartida, é ampla. Caso o companheiro queira viajar mais deitado tem de puxar o banco para frente e deitar a parte lombar.

O painel de instrumentos é bem curvo, e o motorista tem fácil acesso aos comandos sem ter de se movimentar. O ar-condicionado é digital, e o rádio tem sistema USB e MP3. O computador de bordo traz diversas funções como consumo instantâneo, pressão da turbina, horímetro, diagnose de falhas etc. Completa os itens de acabamento a geladeira, posicionada embaixo da cama e o suporte para o computador. O ambiente está espalhado de porta-objetos, que somados são equivalente à litragem do porta-malas de um carro sedã médio, em torno de 600 litros. A área de descanso conta com luz de leitura e uma cama que possui dois colchões, evitando, assim, possíveis deformações com o tempo.

Na estrada
No início da serra, pela rodovia Anchieta, Otacir José Mendes, motorista de demonstração da Iveco, utilizou 25% do Intarder. Estávamos entre 35 e 40 km/h, em 9ª marcha a 2.000 rpm. Praticamente percorremos quase que todo o trecho nessa velocidade, e o importante é que durante todo o percurso, sem a necessidade de Mendes ter que colocar o pé no pedal de freio, a não ser num momento em que o trânsito parou de vez, mas por poucos minutos. Logo conseguimos vencer o trecho com destino ao nível do mar, rodando entre 80 e 85 km/h em 16ª marcha, sem ultrapassar os 1.250 rpm. A faixa verde do caminhão e ideal na velocidade de cruzeiro é entre 1.000 e 1.600 rpm.

Na subida, com destino ao Planalto Paulista, pelo fato de o início da subida pela Rodovia dos Imigrantes ser mais íngreme pensamos que o caminhão, que puxava um bitrem, somava 53 t de PBTC não passaria dos 30 km/h comumente enfrentados no trecho. Foi um engano. O Hi-Way entrou na Imigrantes a 45 km/h em 12ª marcha a 1.400 rpm. Nesse trecho, conforme mostrava no computador de bordo, ainda estávamos com folga, já que 75% da turbina estava sendo usada. Conforme o caminhão foi vencendo etapas da serra, ia alcançando mais velocidade, mas por questão de segurança optamos, na maior parte do trecho de serra, por não ultrapassar os 50 km/h e ainda assim não ultrapassamos os 90% da turbina. O que impressiona mesmo são as rápidas respostas que o caminhão dá às solicitações do pedal do acelerador. Seu motor de 560 cv tem fôlego de sobra.”

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