Conhecer lugares distantes e
povos com costumes e sotaques diferentes é um dos prazeres que o motorista de
caminhão tem ao longo da sua profissão. E foi na boléia que José Célio Ferreira
(50), motorista da Rodoviário Diamante, conheceu boa parte da América Latina. Por
onde passou foi fazendo registros das paisagens e da história dos locais, que
agora divide conosco aqui no Blog do Grupo Carboni.
Entre os lugares mais
fascinantes, pelos quais José Celio passou, destacam-se o Deserto de Atacama,
as Cordilheiras dos Andes e a Rodovia Transamazônica. Sobre os países que
visitou podemos citar Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Peru, Equador e
Bolívia. Na carreta, os produtos
transportados eram, muitas vezes, filmes fotográficos ou produtos de higiene
pessoal como sabonete e xampu, fabricados no Brasil e comercializados nos
países do MERCOSUL. Na volta a carga era quase sempre salmão, ou então frutas
frescas, que abasteciam grandes redes de supermercado.
Deserto de Atacama - Chile |
Pra levar e buscar estes produtos
ele percorreu muitas vezes os mesmos caminhos e uma das experiências mais
incríveis que já passou foi descer “Los Caracoles”, da rodovia CH-60, na
Cordilheira dos Andes: “Éramos orientados a deixar as rodas dianteiras sem
freio pra não ficar sem direção no caso do caminhão derrapar no gelo, e os
outros pneus deviam ser acorrentados para melhorar a aderência no asfalto”. Ele
continua: “a descida ficava bloqueada até um trator retirar toda a neve da
pista, ai liberavam um grupo de caminhões. A descida era sempre em grupo e com
muita cautela o comboio avançava até chegar lá embaixo. Depois a pista era
novamente bloqueada para retirar a neve”.
Salina em Los Flamingos - Peru |
Estação Aduaneira - Chile |
A experiência ao longo dos anos
deixou marcas, retratos e histórias que a partir de agora farão parte das
histórias que vai contar aos netos. Aos motoristas mais novos ele espera que sua
história sirva de exemplo, principalmente quando as dificuldades da profissão
aparecerem.
De um tempo pra cá sentiu vontade de passar mais tempo com a família. Por isso veio integrar-se à equipe Rodoviário Diamante, deixando as rotas internacionais, longas, para viajar pelo Brasil. Mas embaixo do braço, José Célio carrega com cuidado um grande álbum de fotos que carregam os registros de todas as estradas que percorreu. É um retrato emocionante de uma América Latina desvendada pela determinação de um motorista de caminhão que ama o que faz.
De um tempo pra cá sentiu vontade de passar mais tempo com a família. Por isso veio integrar-se à equipe Rodoviário Diamante, deixando as rotas internacionais, longas, para viajar pelo Brasil. Mas embaixo do braço, José Célio carrega com cuidado um grande álbum de fotos que carregam os registros de todas as estradas que percorreu. É um retrato emocionante de uma América Latina desvendada pela determinação de um motorista de caminhão que ama o que faz.
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