27/10/2010

Dejetos de suínos geram biogás

Começar a matéria falando de degradação ambiental e poluição é chato mas, é fato que a criação de suínos, atividade largamente explorada, principalmente aqui no Oeste de Santa Catarina, é responsável por, acredite, 85% da contaminação das águas superficiais e de fontes naturais. Tem mais: o gás metano, gerado pelos resíduos, possui um poder 21 vezes maior que o dióxido de carbono no aquecimento global. Ao mesmo tempo em que é complicado tocar nesse assunto, é também empolgante por que as soluções para este problema evoluem a ponto de se tornarem numa oportunidade prática, sobretudo para os próprios suinocultores. Veja como este assunto é tratado aqui no Grupo Carboni:


 A Agropecuária Carboni, produtora de grãos, suínos e bovinos possui cinco granjas com 3100 matrizes. De forma planejada o resíduo é armazenado em esterqueiras impermeáveis para que não infiltrem no solo e posteriormente sejam aproveitados para adubação da terra que, por sua vez produz milho, soja ou trigo ou ainda forma pastagens para a criação de bovinos. Assim evita-se que os resíduos contaminem os lençóis freáticos. Com o gás metano não é diferente: em uma das granjas, para efeito de testes de viabilidade, foram instalados nas esterqueiras, biodigestores que captam o biogás gerado pelos dejetos. Todo o gás captado é utilizado para o aquecimento das maternidades e creches. Neste caso, o biogás substitui o GLP – gás comum, que seria necessário para aquecer estes locais e demandaria um custo elevado. Com o biogás este custo é reduzido e o investimento se paga em pouco tempo.
Assim, ganha o produtor de suínos pela maior lucratividade, a população que pode ter uma água de maior qualidade, mas acima de tudo a natureza, que se beneficia por práticas que agregam valor e diminuem os efeitos negativos da atividade. 

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